10 formas de ensinar brincar e fortalecer a ligação emocional com o seu filho
Como pais, temos um papel importante na formação da vida dos nossos filhos. Para ajudá-los a atingir todo o seu potencial, é importante eliminar distrações e focar no seu crescimento e desenvolvimento sem sobrecarregar a sua rotina. Escolher os brinquedos certos pode estimular a criatividade e a exploração!
1. Elimine distrações
Desligar todos os aparelhos eletrónicos que possam ser uma distração para o seu filho, incluindo a televisão, o tablet e até o telemóvel, pode parecer absurdo. Contudo, o objetivo é que a mente da criança se concentre unicamente em ser criativa, usar a imaginação e explorar o ambiente.
2. Não sobrecarregue a rotina
As crianças precisam de grandes quantidades de tempo livre para brincar e explorar o mundo no seu dia a dia, independentemente da sua idade. Tente estruturar as suas tarefas da rotina, de forma a que o seu filho tenha tempo suficiente para brincar sem qualquer limite ou estrutura temporal.
3. Envolva-se, mas deixe-os liderar
Não existe problema nenhum em envolver-se nas brincadeiras do seu filho, até pelo contrário, estimula a interação e fortalece a relação de afeto entre ambos. No entanto, deixe que seja ele a liderar a brincadeira, permitindo maior exploração do ambiente, autorregulação e entendimento causal.
4. Escolha os brinquedos certos
Como nem todos os brinquedos são iguais, é fundamental que escolha brinquedos para o seu filho que transformem as brincadeiras em experiências educacionais e que, fundamentalmente, promovam a aprendizagem. Os jogos da Edu&Kate’s são ótimos exemplos de brinquedos que foram projetados para ajudar a transformar a brincadeira natural de uma criança numa experiência de aprendizagem crescente.
5. Deixe-o falhar
Mesmo envolvendo-se nas brincadeiras com o seu filho, é necessário deixá-lo falhar, encorajando-o a aprender com os seus próprios erros. Pode passar pelo simples facto de o deixar encaixar peças em locais errados, num jogo de combinações como o Super Combo.
6. Repita e faça perguntas
Ao brincar com o seu filho, imite os seus sons ou ações, para reforçar o seu vocabulário e capacidades cognitivas. No caso de crianças mais velhas, faça perguntas abertas com base no que elas estão a fazer, palavras, números, cores, formas, etc.
Por exemplo, se o seu filho estiver a jogar Super Combo, poderá intervir da seguinte maneira:
- A criança pega na peça do cão e dizemos: "Esse é o cão. Ele faz “au, au”."
- A criança pega na peça do morango e dizemos: "O morango é vermelho. Tu gostas de morangos."
7. Incentive, incentive, incentive!
Enquanto estiver a brincar, mantenha a energia e a positividade. Dizer coisas como “bom trabalho, puseste as peças todas no sítio certo!”, ou dar um abraço, ou “mais cinco” ajuda a aumentar a confiança deles e encoraja-os a continuar a brincar e a aprender.
8. Torne a brincadeira divertida e criativa
Crie um espaço divertido para os seus filhos e onde lhes ofereça diferentes áreas de aprendizagem (pode ser uma mesa de arte, um recanto de livros ou um quadro magnético) e escolha brinquedos vibrantes e multifuncionais.
9. Dê-lhes espaço
Embora defendamos a sua presença nas brincadeiras do seu filho para melhorar a experiência de aprendizagem, é igualmente importante dar-lhe algum espaço para ele poder aprender a brincar e explorar de forma independente. A quantidade de espaço que pode dar ao seu filho vai depender da idade, mas mesmo para bebés pequenos, ficar a alguns metros de onde estão sentados, vai-lhes dar mais liberdade para tomar as suas próprias decisões. Este brincar "independente" geralmente acontece quando eles são mais criativos (vê-se realmente a imaginação deles em ação) e constrói a confiança em geral quando percebem o que podem fazer sozinhos.
10. Continue a aprendizagem
Quando a brincadeira acaba, isso não significa que a aprendizagem fica por ali. Tente incorporar algumas dessas ideias na sua rotina diária para manter a aprendizagem:
- Conte as escadas em voz alta cada vez que subir ou descer;
- Ao vesti-los, explique exatamente o que está a fazer (ou seja, "estou a colocar o braço direito na camisa");
- Olhe ao espelho e faça diferentes expressões faciais;
- Permita que eles toquem e explorem diferentes tecidos e texturas. Descreva o que eles estão a sentir (macio, esburacado, duro, arranhado, sedoso, etc.);
- Converse com eles sobre as suas emoções, apontando quando parecerem tristes, chateados, felizes, cansados.
Fonte:
Rute Melo
Licenciada em Terapia Ocupacional, Escola Superior de Saúde - P.Porto. Pós-graduada em Integração Sensorial, Escola Superior de Saúde do Alcoitão
Tem uma paixão assumida pelo trabalho na área da pediatria, mais especificamente nas áreas de atraso de desenvolvimento e ensino especial.
O que a move é poder dar mais oportunidades de aprendizagem a crianças com dificuldades de desenvolvimento, trabalhando todos os dias em prol de apoiar os pais, tutores e colegas terapeutas.